Poi então:
Quero fazer uma declaração.
Quero declarar meu imenso amor à vida.
Quero deixar de lado todas as convenções humanas
quero viver toda, toda a minha vida.
A vida é muito frágil.
Quantas vezes deixei de beijar e abraçar alguém
que hoje não está mais vivo.
Por vergonha, falta de tempo ou qualquer outra convenção.
Hoje só me resta o arrependimento
(sentimento mais nobre dentre as convenções religiosas)
Quero declarar que de hoje em diante
beijarei mais e abraçarei mais.
Que não perderei mais do meu precioso tempo com futilidades.
Viverei de amor.
Viverei de olhar nuvens e ouvir o vento das árvores.
Viverei de namorar.
Quero - hoje e agora - declarar que devemos fazer tudo.
Ou nada.
Somente seguir ordens de nossa consciência de vida.
Quanto tempo perdido...
Agora dorme quem eu amo
Acorda! Vive de amor comigo...
quero que ninguém mais trabalhe
(gigantesca inutilidade humana).
quero que viva.
A vida é realmente preciosa
e é tão frágil.
posso morrer amanhã ou em uma hora.
Posso viver 150 anos
e nunca viverei o bastante.
Amar, sorrir, cantar:
viver de verdade!
Afinal, já perdemos tanto tempo de nossas vidas.
Alguém lembra do primeiro sorriso que viu?
Se eu lembrasse seria, eu acho, o de minha mãe
transformada pelo sofrimento de um parto normal
e sorrindo para a vida. A minha vida.
Vida que ela trouxe ao mundo.
E a gestação. Se lembrássemos da gestção...
a espera de meus pais para me ver.
E a concepção!
Puxa, vida! é outra parte magnífica nesta fantástica vida.
Ser concebido!
Quero viver e reviver.
Como posso sentir a vida em todo seu "ser vida"
Se estou trabalhando, dormindo, estudando.
Naõ quero perder mimnha vida em filas, reuniões sérias,
não quero nunca mais presenciar um enterro ou um velório
(quer mais perda de tempo para quem só quer amar a vida?)
Se, um dia, alguém ler isso, que me responda:
seria realmente possível viver assim? De amar?
Amo minha vida.
Amo a vida.
E quero vivê-la junto das mais maravilhosas vidas com que já tive contato.
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